quarta-feira, 7 de janeiro de 2009
Ecos da Alma
Oh! madrugada de ilusões, santíssima
Sombra perdida lá do meu Passado
Vinde entornar a clâmide puríssima
Da luz que fulge no ideal sagrado
Longe das tristes noites tumulares
Quem me dera viver entre quimeras
Por entre o resplendor das Primaveeras
Oh! madrugada azul dos meus sonhares
Mas quando vibrar a última balada
Da tarde e se calar a passarada
Na bruma sepulcral que o céu embaça
Quem me dera morrer então risonho
Fitando a nebulosa do meu Sonho
E a Via-Láctea da Ilusão que passa!
Augusto dos Anjos
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