Quero uma vida azul-piscina!

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Gosto de pensar assim: se a gente faz o que manda o coração, lá na frente, tudo se explica.

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Por ele eu vou até o Acre e me finjo de índia.

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Meu mundo

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domingo, 4 de setembro de 2011

O TIC TAC DO RELÓGIO

Relógio de parede antigo

Às vezes me detenho, sem querer e, tácito, me pergunto:

Tem que ser assim?!

Aceitando assim, ou não...

é horrível contemplar o tic tac do relógio.

Não pára!

Contumaz e sem dar atenção a ninguém,

enquanto grita seu tic tac,

faz girar e girar os ponteiros

que caminham em círculos sem parar.

Desesperador quando você sente que o tempo,

esta migalha da eternidade é um sopro,

como sopro é nossa existência.

Tic Tac Tic Tac...

Não quer nem saber.

Não dá bola pra ninguém.

Querendo eu ou não,

querendo você ou não,

o Tic tac continua avassalador.

Sentir isso é tão fácil.

Detenha-se diante de um relógio de parede

e veja como o ponteiro gira gira ao som do tic tac,

sem dar bola pra nada e ninguém.

Vai que vai.

Não dá para deter o tempo.

Ou se vive e, vive desde já, ou

simplesmente, quando quiser olhar,

já passou.

É assim o tic tac.

É o barulho do tempo que não pára.

Sem perceber, lá se foram alguns minutos.

Não voltam mais.

Outros tantos já estão batendo a porta, tic tac, tic tac.

Num velório, diante de mim e do morto,

um relógio na parede, continuava indômito, tic tac.

Nem o morto viu que o seu tempo parou,

mas o do relógio ainda não.

Credo,

não gosto do barulho do tic tac,

e, muito menos, da carreira doida,

em velocidade esférica,

por onde correm os ponteiros do tempo.

Muitos já pararam de ouvi-los e vê-los.

Pouco se importam.

Continuam marchando

a favor do tempo,

Contra nós.

Até onde?

Um dia todos haveremos de parar,

Inclusive, o tempo do relógio e

seu angustiante tic tac tic tac.

O meu, eu sei que vai parar antes do tempo dele,

queira ou não queira.

Sem talvez.

Sem surpresa

Simplesmente parando, parando.

Tic tac tic tac ti.

Parou!


Benê Cantelli

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