domingo, 4 de janeiro de 2009
Mulher das águas
És mulher das águas,
quando recebes em teu corpo a espuma
como bruma e beijas sábia ventura.
Tão doce tua voz como mel,
quando acalentas o rouxinol cansado
e embriagas de amor o querubim no céu.
No campo desabrocha o suave lírio,
quando tuas mãos tocam o vento
e no etéreo molduras um mosaico delírio.
Teus afagos são gemidos como músicas lascivas,
quando entorpecem as almas dos poetas loucos
e calam a noite de inveja das estrelas em orgia.
Cai a última pétala em tua túnica suave graça,
quando brilham os olhos da esmeralda e da pérola
e silencia quem passa e nunca vira mulher tão bela.
És mulher tão linda e sábia,
quando a manhã faz da sabedoria um sorriso dela
e da poesia um desejo lânguido nesse dia.
Douglas Mondo
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