quinta-feira, 22 de janeiro de 2009
"VOZ E AROMA"
A brisa vaga no prado,
Perfume nem voz não tem;
Quem canta é o ramo agitado,
O aroma é da flor que vem.
A mim, tornem-me essas flores
Que uma a uma vi murchar,
Restituam-me os verdores
Aos ramos que eu vi secar...
E em torrentes de harmonia
Minha alma se exalará,
Esta alma que muda e fria
Nem sabe se existe já.
"ALMEIDA GARRETT"
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2 comentários:
alguem me ajuda a analisar este poema ?
obrigada :)
Almeida Garret, como todos nós, na madureza da vida, depóe suas armas, em metáforas tristes/belas/reflexivas, nos situa na condição humana de eterna perplexidade diante à vida… os verdores que se vão, a idéia de tempo consumido…
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