Quero uma vida azul-piscina!

Quero uma vida azul-piscina!

Gosto de pensar assim: se a gente faz o que manda o coração, lá na frente, tudo se explica.

Gosto de pensar assim: se a gente faz o que manda o coração, lá na frente, tudo se explica.

Por ele eu vou até o Acre e me finjo de índia.

Por ele eu vou até o Acre e me finjo de índia.

Meu mundo

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Mundo
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sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

FELIZ ANO NOVO!


Dentro de alguns dias, um Ano Novo vai chegar a esta estação.
Se não puder ser o maquinista, seja o seu mais divertido passageiro.
Procure um lugar próximo à janela desfrute cada uma das paisagens que o tempo lhe oferecer, com o prazer de quem realiza a primeira viagem.
Não se assuste com os abismos, nem com as curvas que não lhe deixam ver os caminhos que estão por vir.
Procure curtir a viagem da vida, observando cada arbusto, cada riacho, beirais de estrada e tons mutantes de paisagem.
Desdobre o mapa e planeje roteiros.
Preste atenção em cada ponto de parada, e fique atento ao apito da partida.
E quando decidir descer na estação onde a esperança lhe acenou não hesite.
Desembarque nela os seus sonhos...
Desejo que a sua viagem pelos dias do próximo ano, seja de

PRIMEIRA CLASSE
(D/a)

Feliz Ano Novo!

sábado, 26 de novembro de 2011


Diante da vastidão do tempo e da imensidão do universo, é um imenso prazer para mim dividir um planeta e uma época com você.


(( Carl Sagan))

domingo, 6 de novembro de 2011

Quem semeia ingratidão colhe catástrofes...

Falsidade…


falsidadeJá falei em certo artigo, aqui mesmo no blog, que o ser humano possui algumas peculiaridades que, fazem dele, não somente um ser superior, mas um ser extremamente diferenciado dos outros que habitam a mãe Terra, e, recentemente, descobri com espanto e admiração, mais uma particularidade do bicho homem! Trata-se da FALSIDADE!

Eu nunca vi, por exemplo, um elefante, um cavalo, um macaco, um cão, um gato ou um peixe fingir ser amigo de outro, seja de sua espécie, ou não!

Ou ele gosta, tem afinidade, ou rola uma briguinha básica (ainda que por instinto da espécie), mas fingir ser o que não é, isso ele não faz! Garanto!

O ser humano tem a capacidade de disfarçar, engabelar, maquiar uma realidade, para alcançar seus objetivos, e isso, mesmo que seja por anos a fora! Quem nunca foi vítima da falsidade de alguém? Quem nunca experimentou o dissabor de ser traído por alguém que muito confiava? Eu já! E confesso, foi uma punhalada certeira no meio do coração… Mas, o interessante é tentar entender o porquê de alguns seres humanos agirem assim! O que os leva a final a terem essa capacidade nefasta, de racionalmente premeditar, tramar e executar o mal contra outro da mesma espécie? A resposta é simples! Uma falha de caráter causada pela falta de AMOR! Isso aí, nada mais, nada menos do que falta de um sentimento que impede que machuquemos, magoemos ou firamos o próximo… Sem amor, a pessoa se torna vítima de seu próprio EU, satisfazendo assim a seus impulsos mais fugazes, mais mesquinhos e DESUMANOS! O amor nos impede de agirmos assim, pois o amor é altruísta, solidário e sobre tudo, divino!

Infelizmente o amor não faz as pessoas mudarem de cor, não acende luzinha, nem exala qualquer perfume, dessa forma, não há como saber quem o possui sem que o tempo faça brotar os frutos que indicam a existência desse sentimento, então, seja sóbrio em tudo, haja com muita cautela, não confie desesperadamente no seu próximo! Ame-o, mas, não se surpreenda demasiadamente se no lugar do amor, ele lhe oferecer a traição, a FALSIDADE…

Em pesquisa, ou análise de boca a boca, 90% das pessoas que agiram com falsidade, agiram primeiramente de forma premeditada, ou seja, sabiam muito bem o que estavam fazendo, e sobre tudo, as consequências contra o próximo! Em segundo lugar, queriam a qualquer preço satisfazer seu EGO! Sanar uma vontade extremamente individual, sem se preocupar com o outro! O prazer de alcançar seu objetivo, sem se preocupar com o que pode ocasionar ao outro, vai além da percepção da dor que poderá causar ao próximo!

Um fato tenebroso quanto a pessoa falsa é que, geralmente, não há como identificá-las a curto prazo, ou seja, só o tempo é capaz de indicar, ou mesmo DENUNCIAR tal falha de caráter….

domingo, 4 de setembro de 2011

O TIC TAC DO RELÓGIO

Relógio de parede antigo

Às vezes me detenho, sem querer e, tácito, me pergunto:

Tem que ser assim?!

Aceitando assim, ou não...

é horrível contemplar o tic tac do relógio.

Não pára!

Contumaz e sem dar atenção a ninguém,

enquanto grita seu tic tac,

faz girar e girar os ponteiros

que caminham em círculos sem parar.

Desesperador quando você sente que o tempo,

esta migalha da eternidade é um sopro,

como sopro é nossa existência.

Tic Tac Tic Tac...

Não quer nem saber.

Não dá bola pra ninguém.

Querendo eu ou não,

querendo você ou não,

o Tic tac continua avassalador.

Sentir isso é tão fácil.

Detenha-se diante de um relógio de parede

e veja como o ponteiro gira gira ao som do tic tac,

sem dar bola pra nada e ninguém.

Vai que vai.

Não dá para deter o tempo.

Ou se vive e, vive desde já, ou

simplesmente, quando quiser olhar,

já passou.

É assim o tic tac.

É o barulho do tempo que não pára.

Sem perceber, lá se foram alguns minutos.

Não voltam mais.

Outros tantos já estão batendo a porta, tic tac, tic tac.

Num velório, diante de mim e do morto,

um relógio na parede, continuava indômito, tic tac.

Nem o morto viu que o seu tempo parou,

mas o do relógio ainda não.

Credo,

não gosto do barulho do tic tac,

e, muito menos, da carreira doida,

em velocidade esférica,

por onde correm os ponteiros do tempo.

Muitos já pararam de ouvi-los e vê-los.

Pouco se importam.

Continuam marchando

a favor do tempo,

Contra nós.

Até onde?

Um dia todos haveremos de parar,

Inclusive, o tempo do relógio e

seu angustiante tic tac tic tac.

O meu, eu sei que vai parar antes do tempo dele,

queira ou não queira.

Sem talvez.

Sem surpresa

Simplesmente parando, parando.

Tic tac tic tac ti.

Parou!


Benê Cantelli

Uma carta anônima...



Recebi uma carta anonima com declarações de amor. Dizia que eu era inesquecível, que eu seria a única que amaria por toda vida, escrevia que todos os sonhos que tinha me incluíam e que minha voz nunca saiu de sua mente desde aquela vez. Relatava-me que em tudo que fazia lembrava o meu rosto e se arrependia da falta de ousadia. Havia um desenho dos meus olhos mostrando não ter se esquecido de nenhum detalhe. Também falou sobre meu sorriso e meus cabelos. Ressaltou ter guardado aquela foto e não ter tido empenho em tentar esquecer. Terminou dizendo o quanto sofre e por isso estar escrevendo essa carta. Eu tentei me lembrar de quem quer que fosse e não consegui. Mas espere...Essa letra é minha...

sábado, 27 de agosto de 2011

Pacto de amor


Eu te amo, já o sabes.
Tu me amas, bem o sei.
Façamos um pacto!
Quando sentires saudades,
Procura-me, a qualquer hora,
E, de algum modo, juntar-me-ei a ti.

Dir-te-ei, também, das minhas saudades.
E, nesse momento, me ampararás ternamente,
Sabendo o quanto estarei carente e frágil.

Quando precisares de estar a sós contigo mesmo,
Dize-me apenas: – Preciso de silêncio.
Entenderei e saberei esperar por tua voz.
Também saberás quando eu silenciar.
Porque te direi: – Preciso de silêncio
E aguardarás tranqüila, pois sabes que te amo.

Quando, por algum motivo, não estiveres bem,
Chama-me e, sem temor, dize-me como estás.
Irei a ti e segurarei tuas mãos, em total partilha.
E quando for a minha vez de não me sentir bem,
Chamar-te-ei e te falarei de mim
E me escutarás com teu amor amigo.

Quando, por algum motivo, eu te irritar,
Compreende que eu não sou perfeito.
E, certamente, a calma a ti retornará.
Quando, por algum motivo, for eu a irritar-me,
Terei em mente que não és perfeito
E esperarei a tormenta passar.

Quando desejares o teu corpo em meu corpo,
Dize-me, apenas: – eu te quero.
E, apaixonadamente, saciarei os teus desejos.
E quando o meu corpo ansiar pelo teu,
Direi, simplesmente: – amor, eu te quero.
E me darás teu corpo, com ardente paixão.

E, por fim, amor, que não nos esqueçamos
De como faz bem à alma ouvir aquela frase,
Tão antiga e tão nova! – que aquece o coração.
Dize-me, de vez em quando, e também te direi,
Suave e ternamente, igual ao sentimento:
EU TE AMO! Não tenhas medo de me dizer...

(d/a)

sexta-feira, 26 de agosto de 2011


Artigo do Dr. Rogério Brandão, Médico oncologista
Como médico cancerologista, já calejado com longos 29 anos de atuação profissional (...) "... posso afirmar que cresci e modifiquei-me com os dramas vivenciados pelos meus pacientes.

Não conhecemos nossa verdadeira dimensão até que, pegos pela adversidade,descobrimos que somos capazes de ir muito mais além.
Recordo-me com emoção do Hospital do Câncer de Pernambuco, onde dei meus primeiros passos como profissional. Comecei a freqüentar a enfermaria infantil e apaixonei-me pela oncopediatria.

Vivenciei os dramas dos meus pacientes. Crianças vítimas inocentes do câncer.
Com o nascimento da minha primeira filha, comecei a me acovardar ao ver o sofrimento das crianças. Até o dia em que um anjo passou por mim! Meu anjo veio na forma de uma criança já com 11 anos, calejada por dois longos anos de tratamentos diversos, Manipulações, injeções e todos os desconfortos trazidos pelos programas de químicos e radioterapias. Mas nunca vi o pequeno anjo fraquejar. Vi-a chorar muitas vezes; também vi medo em seus olhinhos; porém, isso é humano!

Um dia, cheguei ao hospital cedinho e encontrei meu anjo sozinho no quarto. Perguntei pela mãe.. A
resposta que recebi, ainda hoje, não consigo contar sem vivenciar profunda emoção.
" - Tio, disse-me ela, às vezes minha mãe sai do quarto para chorar escondido nos corredores. Quando eu morrer, acho que ela vai ficar com muita saudade. Mas, eu não tenho medo de morrer, tio. Eu não nasci para esta vida!"

Indaguei: - E o que morte representa para você, minha querida?

" - Olha tio, quando a gente é pequena, às vezes, vamos dormir na cama do nosso pai e, no outro dia, acordamos em nossa própria cama, não é?" (Lembrei das minhas filhas, na época crianças de 6 e 2 anos, com elas, eu procedia exatamente assim.)
- É isso mesmo.
"- Um dia eu vou dormir e o meu Pai vem me buscar. Vou acordar na casa Dele, na minha vida verdadeira!"
Fiquei "entupigaitado", não sabia o que dizer. Chocado com a maturidade com que o sofrimento acelerou, a visão e a espiritualidade daquela criança.

"- E minha mãe vai ficar com saudades, emendou ela."
Emocionado, contendo uma lágrima e um soluço, perguntei: - E o que saudade significa para você, minha querida?

- Saudade é o amor que fica!
Hoje, aos 53 anos de idade, desafio qualquer um a dar uma definição melhor, mais direta e simples para a palavra saudade: É O AMOR QUE FICA!
Meu anjinho já se foi há longos anos, mas deixou-me uma grande lição que ajudou a melhorar a minha vida. A tentar ser mais humano e carinhoso com meus doentes, a repensar meus valores. Quando a noite chega, se o céu está limpo e vejo uma estrela, chamo pelo "meu anjo", que brilha e resplandece no céu.
Imagino ser ela uma fulgurante estrela em sua nova e eterna casa. Obrigado anjinho, pela vida bonita que teve. Pelas lições que me ensinaste. Pela ajuda que me deste.
Que bom que existe saudade! O amor que ficou é eterno.


Rogério Brandão
Médico oncologista clinico
RC Recife Boa Vista
Se não der certo, meu coração é esperto.
Não vai parar de bater pra te esquecer,
meu bem.

Cazuza
A calúnia é a arma poderosa de que se utilizam os enfermos da alma, que
as usam de maneira covarde para manchar a reputação do seu próximo, a
quem não consegue equiparar-se, optando pelo rebaixamento, quando seria
muito mais fácil a própria ascensão no rumo da felicidade.

domingo, 21 de agosto de 2011

Duas bolas por favor

"Não há nada que me deixe mais frustrada do que pedir sorvete de sobremesa,contar os minutos até ele chegar e aí ver o garçom colocar na minha frente uma bolinha minúscula do meu sorvete preferido.
Uma só.
Quanto mais sofisticado o restaurante, menor a porção da sobremesa.
Aí a vontade que dá é de passar numa loja de conveniência, comprar um litro de sorvete bem cremoso e saborear em casa com direito a repetir quantas vezes a gente quiser, sem pensar em calorias, boas maneiras ou moderação.
O sorvete é só um exemplo do que tem sido nosso cotidiano.
A vida anda cheia de meias porções, de prazeres meia-boca, de aventuras pela metade...
.... Tantos deveres, tanta preocupação em 'acertar', tanto empenho em passar na vida sem pegar recuperação... Aí a vida vai ficando sem tempero, politicamente correta e existencialmente sem-graça, enquanto a gente vai ficando melancolicamente sem tesão...
Às vezes dá vontade de fazer tudo “errado”.
Deixar de lado a régua, o compasso, a bússola, a balança e os 10 mandamentos.
Ser ridícula, inadequada, incoerente e não estar nem aí pro que dizem e o que pensam a nosso respeito. Recusar prazeres incompletos e meias porções.
Nós, que não aspiramos à santidade e estamos aqui de passagem, podemos (devemos?) desejar várias bolas de sorvete, vários beijos bem dados, a água batendo sem pressa no corpo, o coração saciado.

Um dia a gente cria juízo.
Um dia.
Não tem que ser agora.
Por isso, garçom, por favor, me traga: cinco bolas de sorvete de chocolate, um sofá pra eu ver 10 episódios do 'Law and Order', uma caixa de trufas bem macias e o Richard Gere, nu, embrulhado pra presente.

OK?
Não necessariamente nessa ordem.
Depois a gente vê como é que faz pra consertar o estrago .

- por DANUZA LEÃO-

domingo, 14 de agosto de 2011

COMO É DIFICIL SER PAI, HOJE EM DIA!




Não fala aqui o filósofo que sou por formação acadêmica nem, muito menos, o psicólogo ou o psicoterapeuta, que não sou. Falo, pelos sete filhos gerados no sangue e na carne. Falo pelos milhares que, em minha vida de 37 anos de magistério, ainda em atividade, motivei, graças a Deus. Falo pelos inúmeros filhos na fé que granjeei, principalmente, nos últimos 10 anos, anos que se sucederam a ida da minha filha, Dayane, para o seio do Pai.
Posso me dar esse direito.
Creio que os pais de hoje são iguais aos de ontem. Creio, também, que os filhos de ontem são iguais aos de hoje, mas, as circunstâncias que vivemos são muito diferentes. Poucos renunciam favores ou prazeres em detrimento de uma melhor vida para seus filhos.
Quando nossos pais nos educavam à sua forma, olhávamos o vizinho para poder comparar. Sentíamos que eles também educavam os seus de maneira bem semelhante. Então, o paralelo nos estimulava, apesar de sentirmos no lombo, por exemplo, as dores de uma cintada.
A educação vinha de cima para baixo. Nossos pais eram educados. Muitos, hoje em dia, pelas circunstâncias da vida, e porque se preocupam mais consigo mesmo e com suas coisas deixam os filhos em segundo plano. Alguns manifestam-se, dando-lhes oportunidades de ter o que querem, inclusive, carros, em idade não permitida até pelo bom senso. Fazem deles, armas circulantes.
Quantas vezes ouvi, presenciei e li, declarações como esta: “Meu pai me dá tudo o que quero, mas ainda não me deu tudo o que preciso: seu carinho, afeto, solidariedade, atenção, orientação e crítica”. E, dizem mais: “Nem tudo nessa vida a gente pode comprar”.
Certa feita, diante de mim e, chorando, estava um garoto desesperado. Tentando afagá-lo, assisti uma cena, pra mim, estarrecedora. Botou a mão no bolso, tirou várias notas de cinqüenta reais e algumas poucas de cem. Com as mãos esticadas em minha direção, disse: “E ai, prof., o que faço com isso? Toda essa merda (sic) resolve o meu problema?”.
Diante daquela cena que me constrangeu e me fez chorar, tomei a decisão de chamar os pais, porém, com uma reservada conversa com o pai. Ouvi dele, um senhor de calejadas mãos, simples e, em prantos: “Meu filho, tudo o que faço, meu trabalho, horas e horas desde a madrugada, preocupado com o tempo, preço de insumos, adubos e tantas outras coisas, tudo, tudo, tudo é pra você meu filho. Como pode dizer isso de mim?”
Confesso, sem medo de errar, que esta foi uma das emoções mais lindas e pungentes de minha vida como educador. Pai e filho se abraçaram por longo tempo. Um amplexo divino. A mãe, diligente e assustada, esperou aquele momento com denodado desejo de que a vida dos dois mudasse. Saíram os três com lágrimas nos olhos e, até hoje, quando nos encontramos, não há como não falar daquele dia.
Muitas circunstâncias da vida moderna tiram de nós, nossos filhos. A bebida, a droga, namoros frustrados, casamentos indesejados e, o ter que parecer para o grupo, e não ser como deveriam ser, faz de muitos jovens eternos insatisfeitos que vivem a contradição do que a família orienta e ensina, e o meio em que vivem.
Nessas alturas, causa alegria e muita, ver jovens que se dedicam ao serviço do Senhor, pois, alguns deles sofrem o vilipêndio e a chacota.
Bem a calhar, a frase do dramaturgo W. Shakespeare que, endereço a mim e a todos os pais: “Aprendi que as oportunidades nunca são perdidas, alguém vai aproveitar as que você perdeu”.
Bom dia, lembrando aos filhos e aos pais, que todos os dias, são dias dos pais e dos filhos.


Professor

Benê Cantelli

domingo, 7 de agosto de 2011

Pouco não me serve,
médio não me satisfaz,
metades nunca foram meu forte!
Todos os grandes e pequenos momentos feitos com amor e com carinho,
são para mim quase que recordações eternas,
sorrisos e abraços espontâneos, me emocionam.
Palavras até conquistam temporariamente, mas atitudes ganham para sempre...

Clarice Lispector

Às vezes,
o sentimento passa,
a palavra antes tão esperada deixa de ser
Às vezes,
nos machucamos desnecessariamente.
Às vezes,
seguimos um caminho diferente,
antes que venham mentiras que dói
e levantamos-nos!
Às vezes,
é melhor seguirmos os nossos sonhos.
e descobrirmos que foi algo tão irrelevante,
o que um dia foi imensamente importante.
Às vezes,
descobrimos que nem valeu a pena sofrer.

-Joe Luigi-

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Aborto não...



Carta de um bebê

“Oi mamãe, tudo bom? Eu estou bem, graças a Deus faz apenas alguns dias que você me concebeu em sua barriguinha. Na verdade, não posso explicar como estou feliz em saber que você será minha mamãe, outra coisa que me enche de orgulho é ver o amor com que fui concebido.

Tudo parece indicar que eu serei a criança mais feliz do mundo!!!!! ;)

Mamãe, já passou um mês desde que fui concebido e já começo a ver como o
meu corpinho começa a se formar. Quer dizer… Não estou tão lindo como você, mas me dê uma oportunidade. Estou muito feliz!!!!!! :)

Mas tem algo que me deixa preocupado…

Ultimamente me dei conta de que há algo na sua cabeça que não me deixa dormir. Mas tudo bem. Isso vai passar, não se desespere. :D

Mamãe, já passaram dois meses e meio. Estou muito feliz com minhas novas mãos e tenho vontade de usá-las para brincar…

Mamãezinha me diga o que foi. Por que você chora tanto todas as noites?? Porque quando você e o papai se encontram gritam tanto um com o outro? Vocês não me querem mais ou o que? :( Vou fazer o possível para que me queiram… :)

Já passaram 3 meses mamãe. Te noto muito deprimida, não entendo o que está acontecendo. Estou muito confuso. Hoje de manhã fomos ao médico e ele marcou uma visita amanhã. Não entendo… Eu me sinto muito bem…. Por acaso você se sente mal mamãe?

Mamãe, já é dia, onde vamos? O que está acontecendo mamãe?? Porque choras?? Não chore, não vai acontecer nada…

Mamãe, não se deite, ainda são 2 horas da tarde, não tenho sono, quero continuar brincando com minhas mãozinhas.

Ei!!!!!! O que esse tubinho está fazendo na minha casinha?? É um brinquedo novo?? Olha!!!!!! Ei, porque estão sugando minha casa?? Mamãe!!!! Espere, essa é a minha mãozinha!!!! Moço, porque a arrancou?? Não vê que me machuca??

Mamãe, me defenda!!!!!! Mamãe, me ajude!!!!!!!! Não vê que ainda sou muito pequeno para me defender sozinho??

Mãe, a minha perninha, estão arrancando. Diga para eles pararem, juro a você que vou me comportar bem e que não vou mais te chutar. Como é possível que um ser humano possa fazer isso comigo? Ele vai ver só quando eu for grande e forte! >:(

Ai….. Mamãe, já não consigo mais…
Ai….. Mamãe, mamãe, me ajude………..

Mamãe, já se passaram 17 anos desde aquele dia e eu daqui de cima observo como ainda te machuca ter tomado aquela decisão.

Por favor, não chore! Lembre-se que te amo muito e que estarei aqui te esperando com muitos abraços e beijos.

Te amo muito

Seu bebê.”

terça-feira, 12 de julho de 2011



"Os outros eu conheci por acaso.
Você eu encontrei porque era preciso."

(Guimarães Rosa)

Houve um tempo em que minha janela se abria
sobre uma cidade que parecia ser feita de giz.
Perto da janela havia um pequeno jardim quase seco.
Era uma época de estiagem, de terra esfarelada,
e o jardim parecia morto.
Mas todas as manhãs vinha um pobre com um balde,
e, em silêncio, ia atirando com a mão umas gotas de água sobre as plantas.
Não era uma rega: era uma espécie de aspersão ritual,
para que o jardim não morresse.
E eu olhava para as plantas, para o homem,
para as gotas de água que caíam de seus
dedos magros e meu coração ficava completamente feliz.
Às vezes abro a janela e encontro o jasmineiro em flor.
Outras vezes encontro nuvens espessas.
Avisto crianças que vão para a escola.
Pardais que pulam pelo muro.
Gatos que abrem e fecham os olhos, sonhando com pardais.
Borboletas brancas, duas a duas, como refletidas no espelho do ar.
Marimbondos que sempre me parecem personagens de Lope de Vega.
Ás vezes, um galo canta.
Às vezes, um avião passa.
Tudo está certo, no seu lugar, cumprindo o seu destino.
E eu me sinto completamente feliz.
Mas, quando falo dessas pequenas felicidades certas,
que estão diante de cada janela, uns dizem que essas coisas não existem,
outros que só existem diante das minhas janelas, e outros,
finalmente, que é preciso aprender a olhar, para poder vê-las assim.

Cecília Meireles



"Às vezes é preciso diminuir a barulheira,
parar de fazer perguntas, parar de imaginar respostas,
aquietar um pouco a vida para simplesmente
deixar o coração nos contar o que sabe.
E ele conta. Com a calma e a clareza que tem. "

Ana Jácomo


"... Mas se eu tivesse ficado, teria sido diferente?

Melhor interromper o
processo em meio:

quando se conhece o fim,

quando se sabe que doerá muito mais

por que ir em
frente?

Não há sentido:

melhor escapar deixando uma lembrança qualquer,

lenço esquecido numa gaveta,

camisa jogada na cadeira,

uma fotografia

qualquer coisa que depois de muito tempo

a gente possa olhar e sorrir,

mesmo sem saber por quê.

Melhor do que não sobrar nada,

e que esse nada seja áspero como um tempo perdido ..."

(Caio Fernando Abreu)