Se do mesmo modo que pode-se abrir o peito:
pele, músculos e ossos,
até o vermelho e nú coração arquejante,
pudesses abrir meu ser: sonhos e medos,
até a alma nua e palpitante,
encontrarias um lugar escuro e úmido,
com cheiro de terra molhada pela chuva.
Ali, na terra fértil de minha alma chão
lançou o semeador sementes de sonhos
que brotaram rompendo a superfície da pele.
Delicados botões que estão quase a florir,
na ponta de retorcidos galhos de hera,
pois já espia colorida a primavera,
por sobre o ombro castanho do inverno.
Um comentário:
sensibilidade a flor da pele! amei!!
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