Quero uma vida azul-piscina!

Quero uma vida azul-piscina!

Gosto de pensar assim: se a gente faz o que manda o coração, lá na frente, tudo se explica.

Gosto de pensar assim: se a gente faz o que manda o coração, lá na frente, tudo se explica.

Por ele eu vou até o Acre e me finjo de índia.

Por ele eu vou até o Acre e me finjo de índia.

Meu mundo

Meu mundo
Mundo
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terça-feira, 24 de fevereiro de 2009


Eu sou aquela mulher
A quem o tempo muito ensinou.
Ensinou a amar a vida
E não desistir da luta,
Recomeçar na derrota,
Renunciar a palavras
E pensamentos negativos.
Acreditar nos valores humanos
E ser otimista.

Creio na força imanente
Que vai gerando a família humana,
Numa corrente luminosa
Da fraternidade universal.

Creio na solidariedade humana,
Na superação dos erros
E angústias do presente.
Aprendi que mais vale lutar
Do que recolher tudo fácil.
Antes acreditar do que duvidar.

"Cora Coralina"

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009




Olha-me assim, Pierrot... Nada mais belo existe
que um Pierrot muito branco e um olhar muito triste...
Os teus olhos, Pierrot, são lindos como um verso.
Minh’alma é uma criança, e teus olhos um berço
com cadências de vaga e, à luz do teu olhar,
tenho ânsias de dormir, para poder sonhar!
Olha-me assim, Pierrot... Os teus olhos dardejam!
São dois lábios de luz que as pupilas me beijam...
São dois lagos azuis à luz clara do luar...
São dois raios de sol prestes a agonizar...
Olha-me assim Pierrot... Goza a felicidade
de poluir com esse olhar a minha mocidade
aberta para ti como uma grande flor,
meu amor...meu amor...meu amor...

PIERROT

Meu amor!


https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiLg5ggBwmpOMWljEJITCbyqu5wspoCy3DljODRHVv3HYHCLM3v806zYWCu-ZPzs-h5VngxPC-iHEQ5dgsXRvo8mK8EWJ6L-Cu5htkAKHscQQKfj5pf_5fxNSP7kyoHFvy2i2aaqXz39wc/s400/Pierrot_e_bailarina800x600.jpg

Você nem sempre terás o que desejas, mas enquanto estiveres ajudando aos outros encontrarás os recursos de que precise

Chico Xavier

Sorrisos, alegrias, sem mágoas,
sem máscaras, sem lágrimas,
só confetes em forma de gotas de felicidade
e purpurinas cintilantes de magia,
a melhor bebida e necessária prá esse dia
que seja a água pura e cristalina
prá saciar a sede e refrescar e lavar a alma!

Dessa forma, faça a sua Vida, um carnaval todos os dias!





segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009


Amor meu, ao fechar esta porta noturna
te peço, amor, uma viagem por escuro recinto:
fecha teus sonhos, entra com teu céu em meus olhos
estende-se em meu sangue como num amplo rio.

Adeus, adeus, cruel claridadeque foi caindo
no saco de cada dia do passado
adeus a cada raio de relógio ou laranja,
saúde, oh sombra, intermitente companheira!

Nesta nave ou água ou morte ou nova vida,
uma vez mais unidos, dormidos, ressurgidos,
somos o matrimônio da noite no sangue.

Não sei quem vive ou morre, quem repousa ou desperta,
mas é teu coração o que reparte
em meu peito os dons da aurora.

-PABLO NERUDA-

Devolve


Devolve toda a tranqüilidade
Toda a felicidade
Que eu te dei e que perdi
Devolve todos os sonhos loucos
Que eu construí aos poucos
E te ofereci
Devolve, eu peço, por favor
Aquele imenso amor
Que nos teus braços esqueci
Devolve, que eu te devolvo ainda
Esta saudade infinda
Que eu tenho de ti.

- Mário Lago –


O Amor partiu meu leve coração
e o sol vem clarear minha ruínas.
Ouvi belas palavras de Sultão.
Caí por terra triste, acabrunhado.
Acercou-se de mim, vi o seu rosto.
"Do rosto eu não sabia mais que o véu."
Se a luz do céu abrasa esse universo,
o que dizer do fogo de teu rosto?
O amor veio e partiu. Eu o segui.
Voltou-se, como águia, e devorou-me.
Perdi-me no tempo e no espaço.
Perdi-me nos mares do verbo.
O gosto deste vinho,
conhece quem sofreu.
Os profetas bebem tormentos.
E as águas não temem o fogo.
(Rumi)

sábado, 14 de fevereiro de 2009




A Chuva

Lá fora a chuva canta,
Abro a janela e sinto o vento
Que vem dos jardins do convento
Num tempo nublado que encanta!
Da janela vejo a dança das flores
Sou abraçado pelo cheiro de terra
Regozijo-me ao me levar as dores
Nesse novo tempo que não encerra!
Da janela a chuva é como prata
Que cai lidamente e mansa,
São como fios de uma tímida cascata!
Minha chuva, hino que me descansa,
Lava minha alma pesada ao ouvir a partitura
Que daqui da janela sou nova criatura!

Carlos Máximo



Retrato de uma princesa desconhecida



Para que ela tivesse um pescoço tão fino
Para que os seus pulsos tivessem um quebrar de caule
Para que os seus olhos fossem tão frontais e limpos
Para que a sua espinha fosse tão direita
E ela usasse a cabeça tão erguida
Com uma tão simples claridade sobre a testa
Foram necessárias sucessivas gerações de escravos
De corpo dobrado e grossas mãos pacientes
Servindo sucessivas gerações de príncipes
Ainda um pouco toscos e grosseiros
Ávidos cruéis e fraudulentos


Foi um imenso desperdiçar de gente
Para que ela fosse aquela perfeição
Solitária exilada sem destino

Sophia de Mello Breyner Andresen

Quem sou eu!?!?



Quer que eu me apresente?
Então sente-se e apenas me ouça.
Pegue em minha mão. Prazer!
Conseguiu sentir o arrepio?

é
Eu sou o ódio,
A desilusão,
O sofrimento...

Tenho a idade do universo.
Nasci no limbo...
Entre o céu e o inferno.
Cresci ouvindo verdades e mentiras.
Estudei sentimentos,
Me formei no esquecimento.

Hoje,...
Moro na solidão.
Trabalhando nas mentes humanas.
Aprimorando seus subconcientes.
Gosto do nada.
Odeio o tudo.

O amanhã sera igual o hoje.
Continuarei sendo eu todos os dias.

O que me diz?
Quer ainda continuar sentado?
Obirigada!
Valeu por pelo menos me ouvir...


Duchess of Angels



Amor que morre


O nosso amor morreu... Quem o diria!
Quem o pensara mesmo ao ver-me tonta,
Ceguinha de te ver, sem ver a conta
Do tempo que passava, que fugia!

Bem estava a sentir que ele morria...
E outro clarão, ao longe, já desponta!
Um engano que morre... e logo aponta
A luz doutra miragem fugidia...

Eu bem sei, meu Amor, que pra viver
São precisos amores, pra morrer,
E são precisos sonhos para partir.

E bem sei, meu Amor, que era preciso
Fazer do amor que parte o claro riso
De outro amor impossível que há-de vir!

(Florbela Espanca)





Serenata



Permita que eu feche os meus olhos,
pois é muito longe e tão tarde!
Pensei que era apenas demora,
e cantando pus-me a esperar-te.


Permite que agora emudeça:
que me conforme em ser sozinha.
Há uma doce luz no silencio,
e a dor é de origem divina.


Permite que eu volte o meu rosto
para um céu maior que este mundo,
e aprenda a ser dócil no sonho
como as estrelas no seu rumo.

Cecília Meireles

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Mãe

Obrigado MÃE
Pela autorização que me deu
Permitindo que meu pequenino corpo
Repousasse em teu ventre,
Acolhendo-me do frio e da fome,
Repartindo tua noite e teu conforto ,
Como seu eu fosse o único ser do mundo,
Com direito à tanta bondade.

Obrigado MÃE
Por nunca me furtar o teu seio ,
Certa de que tua vaidade escultural
Não era mais importante que as lágrimas
Que escorriam de meus inocentes olhos.

Por permitir meu descanso em teu colo já tão cansado !
Por nunca se perfumar antes de me acariciar....
Deixando -me para o resto da vida
A pureza da lembrança de suas vestes
Cheirando a gordura , sabão ... e pó.

Obrigado MÃE
Por nunca me esconder suas dificuldades,
Alertando meu espírito para as difíceis caminhadas
Que eu iria traçar.

Por me capacitar a sentir junto à minha família e meu semelhante,
A grandeza do respeito da dignidade e do amor.

Obrigado MÃE
Por ainda viver
... .eternamente em meu coração !!!

E- mail


Deletei muitas coisas que me disse,
digitadas em seu computador;
assim que descobri que era tolice
guardar frases bonitas, sem amor.

Temendo que a memória me traísse,
deixei à vista as que me causam dor
para que, nunca mais eu me iludisse
e, em vão, corresse o risco de me expor...

Deletei muita coisa e, na verdade,
não pude deletar toda a saudade
que salvei num arquivo do meu peito...

Pois quanto mais tentava deletar,
mais vinha uma mensagem me avisar
que deletar saudades... não tem jeito...




Da minha porta para fora havia
Uma ruazinha, calma e sorridente,
E assim que o sol amanhecia o dia
A moça abria uma janela em frente.


Depois dava um sorriso indiferente...
E eu sempre quis saber (eu não sabia)
Se ela saudava o mundo à sua frente
Ou se era para mim que ela sorria.


Jamais atravessamos a ruazinha,
Eu nunca fui sequer à porta dela,
Também ela não veio até à minha.


E o tempo nos deu um tom doloroso:
Eu fui ficando velho e esperançoso
E ela ficou sorrindo na janela..


Dois cigarros acesos no silêncio da madrugada
O meu e o teu cigarro
Uma tragada um beijo, um beijo uma tragada:
- Teu braço é o meu travesseiro quente e macio
Dois pássaros que a tempestade da noite separa
E se juntam em manhã dourada de estio
- Preciso partir, mas antes que eu diga mais nada
prende-me nos braços e entre beijos e abraços
pede-me para ficar
E como num delírio louco de amor
Começa a falar: Não, não vá embora
Deixe que o sol desponte e os pássaros comecem a cantar lá fora
Deixe que a névoa adormecida no colo azul das montanhas distantes
Desapareçam ao toque sutil da aurora.
-Que será do resto da manha se te fores,
não vês que ficarei sozinha morrendo de amores?
Esqueça a vida querido e me entregue a luz do teu olhar
Num sonho eterno e perdido
Somente agora o sol debruça em nossa janela
Com ar de malícia vem nos dar bom dia
Beijar nosso amor em eterna poesia
Louvar nosso amor nessa manhã tão bela
- Esqueça a vida querido e me entregue a luz do teu olhar
Num sonho eterno e perdido.
O que será do resto do dia se te fores,
Não vês que ficarei morrendo de amores?
Esqueça a vida querido...
O que será da tarde se te fores,
Não vês que ficarei sozinha morrendo de amores?
Deixe que a tarde caia serena
A encher de sombras e odores o caminho
Por onde há de passar sozinho
Esqueça a vida querido...
Somente agora a lua vem nascendo
Como um pintor em fina tela
Imagens vem tecendo...
Dois cigarros acesos no silêncio da madrugada
O meu e o teu cigarro...

Não existe dor maior
Que a dor da solidão...
É dor cruel e perversa
Que não aceita conversa
E nem mesmo explicação!
É dor do só, do sozinho,
É carência de carinho,
Seu sintoma é a paixão.



E essa dor tão doída
Que tanto maltrata a gente
Chega assim tão de repente
Sem sequer bater na porta.
Para ela pouco importa
Se está matando o doente,
Se a "Inês é quase morta".



É uma dor que aniquila,
Que castiga, que maltrata,
É mais forte que a tequila
Mais ardente que a cachaça.
É pior que a dor que tomba,
Mais cruel que a dor que mata.

Beijo Perdido

O tempo passa rápido demais,
Levando na bagagem mais um dia,
Deixando uma saudade para trás
Que a gente nem ligava e percebia.

Levou aquele abraço que não dei,
O beijo que eu tanto quis um dia,
Deixou em seu lugar melancolia,
Tristeza por não ter o que sonhei.


E o tempo, quando vai, nunca mais volta.
Não adianta a gente lamentar
E nem ficar curtinho essa revolta.


Abraço que escapa não tem volta,
Beijo perdido não se recupera,
Não adianta o ódio nem a ira...
Desejo que o tempo levou - já era!