Da minha porta para fora havia
Uma ruazinha, calma e sorridente,
E assim que o sol amanhecia o dia
A moça abria uma janela em frente.
Depois dava um sorriso indiferente...
E eu sempre quis saber (eu não sabia)
Se ela saudava o mundo à sua frente
Ou se era para mim que ela sorria.
Jamais atravessamos a ruazinha,
Eu nunca fui sequer à porta dela,
Também ela não veio até à minha.
E o tempo nos deu um tom doloroso:
Eu fui ficando velho e esperançoso
E ela ficou sorrindo na janela..
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