E não havia um nome
para a tua ausência!
Mas tu vieste!
Do coração da noite?
Dos braços da manhã?
Dos bosques do Outono?
Tu vieste.
E acordas todas as horas,
preenches todos os minutos,
acendes todas as fogueiras,
escreves todas as palavras.
Um canto de alegria
desprende-se dos meus dedos
quando toco o teu corpo
e habito em ti
e a noite não existe,
porque as nossas bocas
acendem, na madrugada,
uma aurora de beijos.
Joaquim Pessoa
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