Dois cigarros acesos no silêncio da madrugada
O meu e o teu cigarro
Uma tragada um beijo, um beijo uma tragada:
- Teu braço é o meu travesseiro quente e macio
Dois pássaros que a tempestade da noite separa
E se juntam em manhã dourada de estio
- Preciso partir, mas antes que eu diga mais nada
prende-me nos braços e entre beijos e abraços
pede-me para ficar
E como num delírio louco de amor
Começa a falar: Não, não vá embora
Deixe que o sol desponte e os pássaros comecem a cantar lá fora
Deixe que a névoa adormecida no colo azul das montanhas distantes
Desapareçam ao toque sutil da aurora.
-Que será do resto da manha se te fores,
não vês que ficarei sozinha morrendo de amores?
Esqueça a vida querido e me entregue a luz do teu olhar
Num sonho eterno e perdido
Somente agora o sol debruça em nossa janela
Com ar de malícia vem nos dar bom dia
Beijar nosso amor em eterna poesia
Louvar nosso amor nessa manhã tão bela
- Esqueça a vida querido e me entregue a luz do teu olhar
Num sonho eterno e perdido.
O que será do resto do dia se te fores,
Não vês que ficarei morrendo de amores?
Esqueça a vida querido...
O que será da tarde se te fores,
Não vês que ficarei sozinha morrendo de amores?
Deixe que a tarde caia serena
A encher de sombras e odores o caminho
Por onde há de passar sozinho
Esqueça a vida querido...
Somente agora a lua vem nascendo
Como um pintor em fina tela
Imagens vem tecendo...
Dois cigarros acesos no silêncio da madrugada
O meu e o teu cigarro...
2 comentários:
Você é loira e bonita, tem nos cabelos aurora matinal, em manhã primaveril. A névoa de sua carne transluz-se ao raiar do dia, névoa adormecida no colo azul das montanhas distantes, conforme o poema. Seja sempre e sem pestanejar uma vez sequer, o que pensas, o que sabes. Princípio e fim da verdade do querer ser. Pedro Emílio
Agradeço sobremaneira, a publicação em seu blog tão bem frequëntado e de alto nível peço-lhe, noentanto, um favor: a poesia Madruga não é a original o que nesta oportunidade solicito-lhe substituir, muito obrigado saúde e paz. Pedro Emílio.
MADRUGADA
Dois cigarros acesos no silêncio da madrugada:
- o meu e o teu cigarro.
Uma tragada um beijo, um beijo e uma tragada...
Teu braço é o meu travesseiro quente e macio:
- dois pássaros que a tempestade da noite separa
E se juntam em manhã dourada de estio.
Preciso partir! Antes que eu diga mais nada
Prendes-me nos braços e entre beijos e abraços
Pede-me para ficar.
E, num delírio louco de amor, começas a falar:
- Não, não vá embora! Deixa que o sol desponte
E os pássaros comecem a cantar lá fora.
Deixa que a névoa adormecida no colo azul
Das montanhas distantes desapareça
Ao toque sutil da aurora.
- Que será do resto da manhã se te fores?
Não vês que ficarei sozinha morrendo de amores?
Esquece a vida, querido, e me entregue a luz do teu olhar
Num sonho eterno e perdido...
Somente, agora, o sol debruça em nossa janela
Com ar de malícia, vem nos dar bom dia
Louvar nosso amor nessa manhã tão bela:
- Esquece a vida, querido, e me entregue a luz do teu olhar
Num sonho eterno e perdido...
- O que será do resto do dia se te fores?
Não vês que ficarei sozinha morrendo de amores?
Esquece a vida, querido, e me entregue a luz do teu olhar
Num sonho eterno e perdido...
- O que será do resto da tarde se te fores?
Não vês que ficarei sozinha morrendo de amores?
Esquece a vida, querido, e me entregue a luz do teu olhar
Num sonho eterno e perdido...
- Deixe que a tarde caia serena a encher de sombras
e odores os caminhos por onde há de passar sozinha:
- Esquece a vida, querido, e me entregue a luz do teu olhar
Num sonho eterno e perdido...
Somente agora a Lua vem nascer
Como um pintor em fina tela
Imagens vem tecendo...
Dois cigarros acesos no silêncio da madrugada:
- o meu e o teu cigarro...
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