quarta-feira, 17 de dezembro de 2008
A OUTRA
E de repente você subjuga-me apaixonadamente
Encavalando-me e deslizando sete cálidos beijos latejantes
Assim... Desses de cinema pornô
Então lhe beijo o ponto central do teu umbigo cheio de mel
Beijo-lhe assim porque você me ameaça com unhas negras agitadas
E a mão esquerda tremendo sobre o meu animal de procriação
Logo te empurro porque hoje minha esposa me encheu o saco...
Mesmo com esses beijos demorados e molhados ainda estou bem irritado
Só desejo Vodka Stolichnaya, ouvir Brook Benton e fumar um baseado.
Tudo isso só para aliviar essa estranha sensação de febre
Que me deixa estranhamente amorfo com a cabeça vazia
Sem saber como me safar dessa perturbadora angústia
Que assola as entranhas da minha indecisa alma traidora
É assim que eu imagino meu mundo nesse instante...
Uma merda que fede sem parar!
Seis meses traindo...Chegando tarde com o pescoço todo marcado
Nesse momento estou sem tesão para transar com você
Pois então, que seja assim meu bem, pela ultima vez.
Deixe-me e amanhã você não me verá nunca mais...
Dessa vez é pra valer... Assim espero!
Deixe-me quieto meu bem!
E não me amole com teus carinhos voluptuosos.
Ardentes desejos matinais e ainda não é nem meio-dia
Vá se vestir e me deixe sozinho com meus problemas caseiros
Finalmente fecho os olhos...Então experimento a escuridão total e
O mofo advindo da bagunça que é a minha vida, a minha rotina pecadora.
A medonha bola de neve que não para de crescer na minha vida afetiva
Então adormeço e tudo desaparece só por algumas horas apenas
Pois daqui a pouco tenho de voltar pra casa
Engendrando mais uma persuasiva mentira
(Rodrigues Bomfim)
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